Grande nome do teatro brasileiro, Bibi Ferreira faleceu aos 96 anos nesta quinta (13/2), em sua casa no Flamengo, no Rio de Janeiro. Segundo a filha Tina Ferreira, a enfermeira notou que os batimentos cardíacos da atriz estavam baixos e ela chamou o Pró-Cardíaco. Mas, quando a ambulância chegou, Bibi já havia morrido.
A artista vinha de problemas de saúde no ano passado, com uma série de internações e complicações, e tinha acompanhamento de uma enfermeira em casa. Em 2018, Bibi Ferreira chegou a anunciar sua aposentadoria artística, o que foi recebido tristemente por todos. A notícia do falecimento, então, foi recebida com muito pesar.
(Foto: Marcelo Correa)
Nomes como Antonio Fagundes, Patrícia Pillar, Susana Vieira, Rosamaria Murtinho, Marília Gabriela, Claudia Raia, Lúcio Mauro Filho e Bárbara Paz usaram o Instagram para expressar seu luto neste dia difícil. Artistas, produtores, teatros e escolas de teatro fizeram diversas homenagens à atriz, que apareceu no palco pela primeira vez com semanas de vida, substituindo uma boneca.
“Lá em casa, sempre tivemos amor por Bibi. Papai foi da companhia de Procópio Ferreira e chegou a morar com ele e a filha Bibi”, conta Lúcio Mauro Filho, “que bom que deu tempo de Bibi assistir à sua biografia no teatro, sendo magistralmente representada pela talentosíssima Amanda Acosta, numa atuação premiada, com toda a justiça”.
O diretor Sérgio Módena compartilhou outra história: “minha estreia no teatro foi aos sete anos com Bibi Ferreira em ‘Gota D’Água, fazendo um de seus filhos. Bibi foi uma das maiores atrizes do mundo! Obrigado por tudo! Descanse em paz!”.
Susana Vieira escreveu: “Perdemos a MAIOR!!! Atriz, diretora, professora, amiga, alegre… Aproveitei cada minuto quando estive ao seu lado. Chorei muito com ela em cena. Meu coração, ao ouvi-la, se enchia de emoção e força!!! Uma frustração: nunca ter sido dirigida por ela. Achei que, ao passar pelas mãos dela, eu seria a melhor atriz do mundo porque ela ensinaria cada palavra, cada gesto, cada respiração, cada silêncio… Não deu!!! Querida Bibi, boa viagem!!!”.
Rosamaria Murtinho, por sua vez, lembrou que conheceu Bibi em 1964 na TV Excelsior. Bibi escreveu uma peça para ela e Nathalia Timberg fazerem juntas e o laço, então, foi criado. “Esta ano iríamos trabalhar juntas em um monólogo, não foi possível, mas farei nosso sonho virar realidade por você, minha querida. Minha Piaf brasileira, hoje você se foi após 96 longos anos de história tão profundamente vividos nos palcos, nos camarins, nas coxias e na vida”, escreveu.
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Conheci Bibi em 64 na TV Excelsior. Eu estava fazendo A Moça Que Veio De Longe com Hélio Souto e Bibi insistia piamente que eu era a estrela mor da novela. Nossa química foi única, ela me convidou pra participar de seu programa também na Excelsior, passamos a frequentar a casa da outra, assistia suas peças e shows. Até que Bibi resolveu escrever uma peça pra mim e pra Nathalia, desde então não existia mais uma sem a outra, éramos mais do que irmãs. Este ano íamos trabalhar juntas em um monólogo, não foi possível, mas farei nosso sonho virar realidade por você, minha querida. Minha Piaf brasileira, hoje você se foi após noventa e seis longos anos de história tão profundamente vividos nos palcos, nos camarins, nas coxias e na vida. Quando der meia noite e eu olhar pro telefone ao lado e saber que não vamos mais nos falar madrugada à dentro, vai doer, mas lembrarei sempre com muito amor de todas aquelas risadas. Olhe por nós daí de cima, seu legado será seguido aqui e jamais esquecido. A gente se encontra um dia. Dieu reunit ceux qui's aiment????❤️ #bibiferreira
Uma publicação compartilhada por Rosamaria Murtinho (@roseiramur) em 13 de Fev, 2019 às 10:02 PST
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“Divina, perfeita e de uma simpatia que nasce com você! A voz, a forma de representar, os braços, as pernas, os olhos, a boca.. tudo é tão bonito e natural, tudo é esplendido, porque você é uma pessoa esplendida, transparente e linda!” Hoje, a mãe do teatro brasileiro nos deixou.. Bibi Ferreira, uma artista completa e que tive a honra de conhecer, conviver, aprender e ainda receber essa declaração. Quem me dera hoje poder falar tudo isso para você, que sempre foi uma inspiração enorme pra mim. Paz de espírito e que seu caminho seja iluminado! Nossa única e absoluta Bibi Ferreira.
Uma publicação compartilhada por Claudia Raia (@claudiaraia) em 13 de Fev, 2019 às 10:49 PST
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Mais uma perda irreparável… referência de mulher a frente do tempo, de artista completa, de diretora numa época onde só haviam homens dirigindo. De cantora, da sua força vocal, de mulher guerreira, de disciplina, de trabalho árduo, de sabedoria e muito amor à arte e a vida. Ter feito parte de uma peça que conta a história de toda a vida dela, pra mim é de um valor incalculável, tanto culturalmente como de exemplo de determinação pessoal e profissional. Pra mim foi e sempre será um dos maiores presentes que recebi e uma honra que jamais vou esquecer. Ela viverá 1, 2, 3 ,1000 vezes através da riqueza cultural que ela nos deixa. Descanse em paz❤️????
Uma publicação compartilhada por Simone Centurione (@simonecenturione) em 13 de Fev, 2019 às 10:37 PST
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Que perda, que lástima… A extraordinária atriz, diretora, cantora, a diva Bibi Ferreira se foi aos 96 anos. Vai fazer uma falta louca, nossa, se vai. Bibi era generosa como raríssimas criaturas. Foi ela a primeira pessoa a me convidar para fazer teatro, comecinho dos anos 90. Mandou-me um texto de um autor britânico seu amigo, em que metade da peça eu seria homem e na outra metade, mulher. Eu fazia o programa Cara a Cara na Band e tive que recusar. Boba, eu. Entrevistei-a, aliás, nesse e em outros programas em diferentes emissoras. Para essa mulher eu ficava de joelhos; como nessa foto, depois de vê-la arrasar dizendo e cantando PIAF em 2013. Adeus, Bibi, obrigada por tudo, tudo. Sua Gabi.. #diva #actress #singer #director #admiração #amor #diva #estrela #genial #atriz #rip #???? #????#❤️
Uma publicação compartilhada por @ gabi_mariliagabriela em 13 de Fev, 2019 às 10:10 PST
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O Teatro João Caetano partilha do luto de todo o teatro brasileiro neste dia 13 de fevereiro de 2019. Nossos palcos perderam uma de suas maiores estrelas, cuja trajetória, se confunde com a própria história do teatro brasileiro. O nosso muito obrigado por toda a contribuição que esse talento chamado Bibi Ferreira foi para nossa cultura, e especialmente pelas diversas vezes em que esteve abrilhantando o nosso teatro, apresentando seus espetáculos, sempre obtendo grande êxito de crítica e público, entre eles os espetáculos "Alô, Dolly", "Bibi in Concert" (em comemoração aos seus 50 anos de carreira), Piaf, Amália, etc. Bibi Ferreira considerava sua estreia profissional, quando aos 19 anos de idade, protagonizou o espetáculo "La Locandieira" de Carlo Goldoni, ao lado do seu pai Procópio Ferreira, mas não cansava de contar, que aos 20 dias de vida, estava com sua mãe, a bailarina Aída Izquierdo, aqui no camarim do Teatro João Caetano, enquanto aguardavam Procópio Ferreira, que aqui estava em cartaz pela companhia da atriz Abigail Maia, que também era madrinha de Bibi, e em determinado momento do espetáculo, os contrarregras não achavam a boneca de pano que estaria em seguida numa determinada cena, então lembraram que Bibi, a bebezinha, filha de Procópio estava aguardando no camarim, então, a emprestaram de sua mãe, e ela entrou em cena, pela primeira vez, aos 20 dias de vida, participando do espetáculo "Manhãs de Sol" de autoria de Oduvaldo Vianna. Bibi Ferreira, todas as homenagens e agradecimentos, serão poucos para você, mas, fica aqui o nosso muito obrigado! #Bibieterna Foto: Bibi em Piaf; Bibi com seus pais e Bibi em Gota D´água.
Uma publicação compartilhada por Teatro João Caetano (@teatrojoaocaetano) em 13 de Fev, 2019 às 10:17 PST
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Grande tristeza!!! Perdemos a MAIOR!!! Atriz, diretora, professora,amiga, alegre… Aproveitei cada minuto quando estive ao seu lado. Chorei muito com ela em cena. Meu coração, ao ouvi-la, se enchia de emoção e força !!! Uma frustração: nunca ter sido dirigida por ela. Achei que, ao passar pelas mãos dela, eu seria a melhor atriz do mundo porque ela ensinaria cada palavra, cada gesto, cada respiração, cada silêncio… Não deu!!! Querida Bibi , boa viagem !!! Pra Tina, um beijo carinhoso! ❤️
Uma publicação compartilhada por Susana Vieira (@susanavieiraoficial) em 13 de Fev, 2019 às 10:22 PST
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Uma luz que só as deusas têm ???????????? "A Bibi é certamente uma das artistas mais importantes e completas da história desse país. Ela fez muito por essa profissão, fez muito pelo teatro musical e fez muito por nossa dupla, que praticamente começou graças à generosidade e ao amor que ela nos deu no nosso começo e continuou nos dando durante sua vida inteira, nos prestigiando, indo aos nossos espetáculos. Tivemos muita sorte na vida de ter a grande, a maravilhosa, a genial Bibi Ferreira no começo de nossa história, e ver o gigante que ela era, com tudo o que tinha para nos ensinar, tudo o que ela tinha pra dar, tanto no palco como fora dele. A Bibi era uma mulher de Teatro, de Musical e de uma luz que só as deusas têm. Isso jamais vai se apagar". Charles Möeller . . #bibiferreira #ripbibiferreira
Uma publicação compartilhada por Möeller & Botelho (@moellerbotelho) em 13 de Fev, 2019 às 9:41 PST
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Atriz, cantora, diretora e compositora, Bibi nos presentou com grandes performances nos últimos anos em nossos palcos: viveu Joana na primeira montagem de Gota D'água, em 1975, no Teatro Tereza Rachel, completou 90 anos de vida na estreia do #theatronetrio (antigo Tereza Rachel) e nos deu o prazer de ouvi-la no #theatronetsp! Os anos se passaram e seu brilho só ficou maior. Até o dia de hoje, em que ela se foi para brilhar na eternidade, como a estrela que ela sempre foi. Sentiremos saudades, Bibi! #BrainMais #BibiFerreira #Luto
Uma publicação compartilhada por Brain+ Entretenimento (@brainmais) em 13 de Fev, 2019 às 11:01 PST
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Uma empreitada corajosa em parceria com Nilson Raman, Cleusa Amaral e toda equipe de Bibi proporcionou a vinda da grande dama, em 2014, quando estávamos apenas na segunda edição do Tiradentes em Cena. Uma apresentação ao ar livre, sob frio, mas que aqueceu as 10 mil pessoas que lotaram a praça da cidade. Foi um momento muito especial, pois foi feito um intercâmbio com músicos locais que tiveram ensaios com o grande maestro Flavio Mendes no Theatro Municipal de São João Del Rei. Bibi foi acompanhada da Sociedade Concertos Sinfônicos de São João del-Rei, Banda Ramalho, músicos do Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier e músicos da escola da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi gratificante e ficará guardado no coração de cada um. Gratidão! “O amor incondicional pelo meu trabalho! Meu ofício é minha vida, nunca vou parar de trabalhar porque me movimenta, me alimenta, enfim, me dá muito prazer. E sou muito inquieta, há muita coisa que quero fazer ainda." – Bibi Ferreira disse na segunda edição do Tiradentes em Cena. Sua obra é eterna. @rodrigorosado @gabibarbosa_tiradentes @pequenatiradentes @cleu_amaral @nilsonraman @alinepress @fabioamaral81 @chez.fe @fabchianello @marianapetitcaputo @marianapinter fotos Marlon de Paula #premiobibiferreira #minasgerais #teatro #diva #damadoteatro #mostra #arte
Uma publicação compartilhada por Tiradentes em cena (@tiradentesemcena) em 13 de Fev, 2019 às 12:19 PST
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A genial Bibi Ferreira saiu de cena hoje, para brilhar no palco da eternidade! Ela é o símbolo da profissão do artista. Em momentos como esse que vivemos, onde as pessoas são manipuladas pela categoria menos confiável que há (políticos), para atacarem uma das profissões mais antigas do mundo, um exemplo como Bibi é antídoto poderoso contra toda essa ladainha. Uma mulher que trabalhou até os 95 anos, que lutou por sua classe, pela cultura e também pela dignidade das mulheres, deixa para todos nós o legado da sua existência. Lá em casa, sempre tivemos amor por Bibi. Papai foi da companhia de Procópio Ferreira e chegou a morar com ele e a filha Bibi. “Monólogo das Mãos”, maior sucesso de papai, ele aprendeu na coxia, assistindo Procópio todos os dias. Quando o mestre se adoentou, papai se ofereceu para fazê-lo e Bibi ficou encantada com sua performance. Acabou virando o cavalo de batalha do Seu Lucio e até hoje, por onde quer que seja lembrado, logo é entoado a clássica introdução: “Para que servem as mãos?”. Que bom que deu tempo de Bibi assistir à sua biografia no teatro, sendo magistralmente representada pela talentosíssima Amanda Costa, numa atuação premiada, com toda a justiça. Obrigado Bibi. Por seu talento e pela sua luta na regulamentação da profissão do artista. O céu vai brilhar como nunca! Descanse em paz! ????????????????????✨
Uma publicação compartilhada por Lucio Mauro Filho (@luciomaurofilhooficial) em 13 de Fev, 2019 às 9:24 PST
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????Bibi, Abigail Izquierdo Ferreira , uma rainha ,inesquecível sua voz , sua força descomunal em cena e fora dela, o tanto que inspirou , batalhou, dirigiu; uma engrenagem do teatro , sua luz e magia , quem a viu não esquece jamais ????
Uma publicação compartilhada por Julia Lemmertz (@lemmertzju) em 13 de Fev, 2019 às 12:18 PST
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