
(Foto: Leonardo Torres)
– É uma alegria muito grande para mim, como atriz jovem. Apesar de já trabalhar há alguns anos, tenho só 28 anos. É de fato algo que tenho muito caro na minha vida que as indicações tenham vindo por esse trabalho, em nome dessa grande minoria calada há tantos anos. Sinto-me lisonjeada por poder fazer essa peça e ecoar as vozes dos povos indígenas pelo Brasil. Os prêmios são uma abertura de portas, e fico muito feliz que seja por essa peça. – contextualiza.
O solo é inspirado na triste carta dos índios Guarani Kaiwoá de 2012, na qual pediam para que sua morte fosse decretada, em vez de tirarem suas terras. O espetáculo, dirigido por Fernando Nicolau (de “Capivara na Luz”), fez duas temporadas curtas na cidade, em salas pequenas no Espaço Sérgio Porto e no Sesc Tijuca. Além das indicações para Adassa, a montagem também recebeu o Shell e o APTR de melhor figurino. Mas a verdade é que muita gente não conseguiu ver. “Tomara que as portas se abram um pouquinho mais. A gente pretende que a peça chegue a um público muito maior, principalmente aqui no Rio”, diz a atriz, que poderá ser vista no fim do ano em um espetáculo da Cia. Teatro Inominável, da qual faz parte.
De novidade, Adassa conta que foi convidada para substituir Daniela Pereira de Carvalho na temporada paulista da Ocupação Rio Diversidade, que trata de sexualidade e gênero. Vai fazer. “Vou ter a honra e o prazer de substituir essa grandessíssima atriz”, diz, “o ano está caminhando na nossa dificuldade, mas juntos somos fortes. A gente dá a mão e vai. Esse sentimento de união está rolando muito na classe teatral do Rio. Acredito que a gente pode caminhar mais”.

(Foto: Divulgação)