Atuante na TV, no teatro, no cinema e na Internet, Fábio Porchat (de “Meu Passado Me Condena”) tem mais uma novidade a caminho: o Prêmio do Humor no Rio de Janeiro. Ele criou essa empreitada com o intuito de “elevar o humor à categoria que ele merece”. Será o primeiro evento do gênero no Brasil e vai englobar espetáculos de improviso, esquetes, stand ups, monólogos e peças longas, entre outros estilos. São categorias que dificilmente são reconhecidas nas premiações em geral, e acabam desvalorizadas pela crítica especializada.
– Um bom comediante também sabe fazer drama. Um bom ator dramático pode até conseguir fazer rir, mas não é um comediante. Existem mais dramas e melhores atores fazendo drama. Nesse sentido, acho que se dá mais valor, porque há melhores ofertas. Ótimos atores têm muitos. Ótimos comediantes contamos nos dedos. – Fábio diz ao Teatro em Cena.
O júri já está assistindo à cena carioca para escolher os indicados e anunciar os vencedores em 2017. Fazem parte do time a escritora Adriana Falcão, o ator e roteirista Antonio Tabet, os atores Bemvindo Sequeira e Sura Berditchevsky e o crítico teatral Rafael Teixeira. Eles definirão os melhores do primeiro e do segundo semestre nas seguintes categorias: texto, diretor, ator, atriz, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, espetáculo e “especial” (agraciamento à inovação ou a um trabalho significativo quanto a forma ou conteúdo).
– Acho que se dá muito valor à lágrima e pouco ao riso. Na cabeça das pessoas, quando vemos um ator chorando parece que deu mais trabalho de atuação do que o do ator que escorregou na casca de banana. O que esquecem é que, numa boa comédia, o ator escorrega em pelo menos 80 cascas de banana durante todo o filme. Essa é a grande dificuldade fazer uma plateia inteira rir durante uma hora e meia.