– Acho que qualquer trabalho que eu fosse escolher depois de “Elis” seria complicado. Fiquei muito feliz com o convite de Claudio Lins [idealizador do projeto] e João Fonseca [diretor], porque Selminha é um personagem maravilhoso, super complexo, com uma transformação maravilhosa. Texto de Nelson Rodrigues, então a parte dramatúrgica já estava garantida. Eu tinha certeza que tinha um material maravilhoso, e um risco e uma ousadia de tornar isso musical. Eu apostei nisso. Claro que a gente não espera o sucesso, mas todo reconhecimento que vem a gente fica feliz. – conta ao Teatro em Cena.
Laila só estranha o curto período de ensaios da atualidade. Para “O Beijo no Asfalto – O Musical”, foram só dois meses, e ela ainda teve que se dividir com o fim das gravações da novela “Babilônia”.
– Hoje em dia, a gente ensaia dois, três meses. É o máximo. Começou a fazer assim, abriu esse precedente e dificilmente você consegue ter um orçamento para ensaiar mais tempo. Eu gostaria que fosse. Eu tô acostumada com teatro de pesquisa lá em São Paulo, Cacá Carvalho… A gente ensaiava nove meses cada coisa. Mas isso acaba que é bom também. Você ganha outras coisas com essa velocidade. Vamos ver se a gente consegue mudar isso.
Fora de cartaz atualmente, a cantora e atriz tem se dedicado a shows no Beco das Garrafas, em Copacabana. Além disso, compôs com Renato Luciano (de “Gonzagão – A Lenda”) uma música para o musical “Auê”, da Cia. Barca dos Corações Partidos, grupo do qual faz parte.
– Essa é minha primeira composição! Não sei se vão ter outras, não! (risos) – diz a atriz – No próximo trabalho, a gente vai fazer juntos. O próximo deles, não o meu, porque eu ainda vou fazer o “Gota D’Água” em maio.